Qual a melhor maneira de lidar em sala de
aula com situações-limite?
"Conhecer bem a criança é o primeiro passo. Outra ação
igualmente importante é envolver os demais professores e funcionários da
escola, além dos colegas de classe, em ações que a ajudem a se organizar. Com a
atenção de todos, é mais fácil incluí-la na rotina.
Para enfrentar momentos que fogem da rotina, o caminho é
compreender que as crianças têm características específicas e procurar conhecer
bem cada uma delas.
Pode existir situações que as crianças começam a gritar. "A atitude
mais acertada, nesse caso, é esperar que a criança se organize novamente e
retome o que estava fazendo. Quanto mais gente houver em volta dela, mais
aflita ela ficará." Nesses momentos, é importante dar a ela uma atenção
individual. Outro educador deve acompanhar a turma na realização da atividade
até que o professor retorne com a criança para a sala.
"Conseguir junto à Secretaria de Educação a diminuição do
número de alunos na sala e um educador auxiliar é um apoio fundamental. Esses
recursos permitem atender não só os alunos que têm deficiência mas também toda
a turma de maneira mais efetiva’’Buscar soluções conjuntas, com os demais
professores e gestores, é o melhor caminho. “Assim, a escola pode obter os
materiais necessários e cursos de formação junto à Secretaria de Educação, ao
MEC ou a outras entidades da área que existam na cidade.” e Conversar com a
equipe gestora para verificar o que pode ser resolvido pela escola e o que
precisa ser solicitado à rede são os primeiros passos Para melhorar sua
atuação, a escola tem que buscar alternativas.A troca de informações
deve ser diária. Sempre que surgia uma dúvida ou necessidade em sala, levava
para a responsável e, juntos, devemos pensar em soluções.
Dessa forma, o progresso das crianças se intensifica e a avaliação se
aprimora."
Como
a tecnologia pode melhorar a aprendizagem de alunos com deficiência?
"A tecnologia pode ser uma grande parceira no processo de
inclusão. Se planejada conjuntamente entre os professores e gestores, de acordo
com as necessidades de cada aluno, ela amplia a possibilidade de ele realizar
as atividades propostas em sala."
Existem inúmeros materiais que podem auxiliar o aluno. Desde um
lápis adaptado até um software, tudo é tecnologia. O desafio é descobrir o que
existe ou pode ser criado para beneficiar cada criança. A comunicação por imagens
é o meio utilizado pelos professores para trabalhar os conteúdos com
alunos surdos.
Em parceria com os professores e uma auxiliar, temos que utilizar um software
que facilita a seleção e a padronização de imagens de acordo com os
conhecimentos do garoto e o assunto a ser trabalhado. As figuras são colocadas
em um vocalizador - aparelho que emite voz gravada ou sintetizada -, que
permite que os demais estudantes e o professor ouçam as respostas dele.
"São grandes os avanços em relação à rotina e ele já consegue trabalhar em
grupo."
Com base nisso, o professor seleciona imagens adequadas ao que será trabalhado.
Esse profissional é sempre o mais indicado para pensar em novos recursos, que
pode ser testada no contraturno e, depois de comprovada sua eficácia,
demonstrado para o professor da sala. "A busca por essas tecnologias é um
trabalho individualizado, que se baseia no cotidiano do aluno e no que ele
demanda ao longo do tempo em que está na escola".